Cunene- Lenga Mutindi, filho do embaixador de Angola na Namíbia, Pedro Mutindi, está determinado a conquistar a confiança do presidente João Lourenço para ser nomeado governador das províncias de Cunene ou Cuando Cubango, regiões onde seu pai já exerceu o cargo e é acusado de corrupção.
Com uma estratégia baixa e suja, Lenga tem utilizado a produção de fake news para denegrir a imagem de governantes locais, disseminando informações enganosas que visam criar um clima de desconfiança e instabilidade. Essa tática levanta sérias questões sobre a ética e a integridade que deveriam caracterizar um futuro líder provincial.
Tyilenga Mutindi, primogénito do ex-governador do Cuando Cubango, simboliza a continuidade de práticas corruptas que têm sido uma constante na política angolana. Desde 2008, quando Pedro Mutindi foi nomeado ministro da então Ministério da Hotelaria e Turismo (MINHOTUR), há indícios de que Lenga se envolveu em atividades que favoreciam interesses familiares, incluindo a contratação da empresa Mutanga Service Lda, de sua propriedade, sem o devido processo de concurso público.
Em 2014, novos escândalos vieram à tona, quando sua empresa foi incluída em um contrato para a aquisição de 25 viaturas protocolares para o MINHOTUR. A investigação revelou que apenas cinco dos veículos chegaram ao departamento, enquanto os outros 20 foram dados como desaparecidos. Embora a Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE) tenha prometido investigar, os resultados foram insatisfatórios, e o caso acabou caindo no esquecimento.
Atualmente, Lenga Mutindi parece seguir impune, embora suas ações continuem a suscitar desconfiança e indignação entre os cidadãos angolanos. O cenário levanta preocupações sobre a perpetuação de práticas de nepotismo e corrupção, enquanto muitos se perguntam se o jovem conseguiria, de fato, romper com o legado sombrio de seu pai ou se, ao contrário, estaria destinado a repetir os mesmos erros.
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