Ausência de Sarchel Necésio nas condecorações nacionais levanta debate sobre o reconhecimento ao mérito

Apesar de ser amplamente reconhecido dentro e fora do país pelo seu contributo pioneiro à comunicação, inovação e cultura digital em Angola, Sarchel Necésio Seraponzo tem estado ausente das sete cerimónias oficiais de condecoração já realizadas no âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional — um facto que começa a gerar questionamentos e críticas no meio cultural e mediático.

Natural do Cazengo, província do Cuanza Norte, Sarchel é o fundador e CEO do Platina Line, o primeiro portal angolano dedicado ao entretenimento, que viria a transformar-se no maior meio digital de comunicação social de África em língua portuguesa, com milhões de seguidores e um papel determinante na democratização da informação e promoção da cultura nacional.

Formado em Administração de Empresas no Brasil e Mestre em Marketing Digital nos Estados Unidos, o empresário e comunicador é visto como o precursor da nova era digital angolana, responsável pela primeira transmissão em direto de um evento público no país, e criador de iniciativas marcantes como o “Live no Kubico”, que apoiou artistas e famílias durante a pandemia.

Mesmo com um percurso notável e reconhecimentos internacionais — entre eles o Prémio Angola 35º, o Troféu Hoji-Ya-Henda, o Líderes Angola, e o African Entertainment Awards (EUA) —, o nome de Sarchel continua ausente das distinções nacionais promovidas pelo Estado, levantando uma questão recorrente:

“O país valoriza verdadeiramente os que constroem o futuro da sua imagem digital, cultural e comunicacional?”

Críticos e seguidores nas redes sociais defendem que a falta de reconhecimento institucional a figuras que projetam Angola no cenário internacional “enfraquece o símbolo de mérito que estas medalhas deveriam representar”.

Enquanto isso, o trabalho de Sarchel Necésio segue em expansão — consolidando o Grupo Platina Line como referência em inovação, juventude e influência positiva na comunicação africana.