”David Mendes surge novamente como voz disfarçada de conselheiro, mas por trás do discurso esconde-se o velho desejo: derrubar Adalberto Costa Júnior e entregar o galo negro às mãos do regime. O jurista não fala por preocupação, fala por rancor, e como lobo travestido de ovelha, tenta infiltrar-se para semear divisão e enfraquecer a UNITA.„
Antes de mais, é importante recordar que David Mendes não é a pessoa mais indicada para falar sobre a UNITA, muito menos sobre os seus assuntos internos. Quando se pronuncia sobre o partido, não o faz com o objetivo de ajudar, mas sim com a clara intenção de ver Adalberto Costa Júnior afastado da liderança. É isso que o perturba, e não outra coisa. Este senhor é uma figura controversa, que nunca apoiou a mudança, porque se alimenta da desgraça dos angolanos. Faz-se passar por “defensor da moralidade política”, mas na verdade esconde um plano secreto. O que ele pretende não é aconselhar, mas sim atiçar rivalidades e ressentimentos, para que os delegados do Congresso da UNITA sejam manipulados e acabem por rejeitar o atual presidente. Como dizia Sócrates, “há pessoas que vivem apenas para criticar, mas não para construir”. Esta é a melhor descrição deste comportamento: Mendes não edifica nada, apenas espalha críticas destrutivas.
Quando Mendes fala de “decisões corajosas”, todos percebemos o seu subtexto: a coragem que ele defende é a saída de Adalberto Costa Júnior para colocar, no seu lugar, fantoches fáceis de controlar pelo regime do qual ele próprio faz parte. Isso não é um conselho, é veneno disfarçado de presente. A UNITA não precisa da assessoria de David Mendes. Essa “assessoria” é tão falsa como um leopardo esfomeado a oferecer-se para guardar o galinheiro. Ora, quem pode acreditar que o predador das galinhas quer proteger o galinheiro? Assim é David Mendes: o orador que se apresenta como conselheiro, mas no fundo está ao serviço de forças que sempre quiseram a destruição do galo negro. Como alertou Maquiavel, “nada é mais difícil de gerir do que uma mudança, pois o inimigo declarado está sempre à espreita para restaurar a velha ordem”. Mendes representa precisamente esse inimigo declarado da mudança.
O ódio dele por Adalberto Costa Júnior é tão grande que chega a ser inexplicável. Parece que ACJ ocupa no coração de Mendes um espaço maior do que o próprio diabo. Não passa um dia sem que ele tente atacar, semeando amargura, fomentando discórdias, sempre a vociferar ódio contra a liderança do maior partido da oposição. Para ele, a tal “decisão corajosa” seria simplesmente ver ACJ derrubado. Eis o seu verdadeiro objetivo político. Mendes aparece como alguém que se preocupa com a UNITA, mas o que ele realmente deseja é um líder que obedeça ao jogo político do regime. É apenas um instrumento, usado para influenciar a mente dos congressistas, para repetir o mesmo esquema que levou à destruição da CASA-CE em 2024 e à queda acentuada da RENAMO em Moçambique. Ele ambiciona o mesmo destino para o galo negro. O sociólogo Pierre Bourdieu já dizia: “a dominação mais eficaz é aquela que se disfarça de conselho, mas serve apenas para manter a ordem estabelecida”. O discurso de Mendes não foge a essa lógica.
Mas que fique claro: a UNITA não depende da opinião de David Mendes para se consolidar. O partido já provou, ao longo da sua história, que a sua força reside na sua própria capacidade de superação e não nos conselhos de falsos orientadores. A preocupação de Mendes deveria ser outra: organizar o seu próprio “partido falhado”, preocupar-se com os patrões que lhe dão ordens, e comentar a vida interna do MPLA — esse sim, o partido em que candidatos são impedidos antes mesmo de se apresentarem, onde quem pretende concorrer tem de pedir autorização ao presidente em exercício. Por que é que Mendes não fala dessa democracia sequestrada? Não é por acaso. É porque o seu papel é o de sempre: fantoche. Sempre presente nos meios de comunicação social, convidado como “especialista”, mas na prática não passa de um advogado do diabo, pago para lançar dúvidas sobre a oposição e encobrir as contradições do regime. Como lembrava Karl Marx, “as ideias dominantes de uma época são sempre as ideias da classe dominante”. Mendes é apenas um eco dessas ideias dominantes, disfarçadas de conselhos.
Nas últimas eleições, foi o mesmo David Mendes que anunciou a morte da FPU antes mesmo de nascer. Chamou-a de projeto condenado ao fracasso. E, no entanto, a Frente Patriótica Unida fez tremer o regime e trouxe esperança a milhões. Mendes enganou-se, mais uma vez, como sempre se engana. Ele é um profeta do insucesso, cuja única missão é semear incertezas e atacar quem ameaça o poder instalado. Nunca quis o bem da UNITA. Nunca quis ver o bem de Angola. Sempre viveu do rancor, da intriga e do papel de agitador político a soldo. Hoje, apresenta-se como “conselheiro” do partido que sempre odiou. Mas, tal como a hiena que se disfarça de cordeiro para entrar no rebanho, não vem para proteger vem para devorar. Como bem disse o filósofo Friedrich Nietzsche, “quem combate monstros deve ter cuidado para não se tornar um deles; e se olhares por muito tempo o abismo, o abismo olhará de volta para ti”. Mendes olha para ACJ com tanto ressentimento que já se tornou o próprio abismo.
Portanto, ao povo e aos militantes da UNITA, resta apenas um conselho: não deem ouvidos ao falso pregador. Desmascarem o lobo em pele de cordeiro. A sua voz não é um conselho; é uma armadilha. O seu discurso não é ajuda; é traição. E quanto a David Mendes, que continue a lutar com os fantasmas do seu ódio. Pois o galo negro continuará a cantar, com ou sem a aprovação dele. JIKULUMESSO👀👀👀👀!
Henda Ya Xiyetu
Criador de Opinião | Opinion Maker | Créateur d’Opinion .
“As opiniões expressas são pessoais e visam provocar reflexão crítica e construtiva sobre temas que impactam nossa sociedade.
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