Washington D.C – A nomeação de Victor Lima para chefe de várias representações diplomáticas angolanas poderá ter sido uma das infrações graves à nossa Constituição – cometida pelo Presidente da República...
Victor Manuel Rita da Fonseca Lima (natural de Buco Zau/Cabinda, nascido em 1953 exerce actualmente o cargo de Embaixador no Reino de Espanha, desde Setembro de 2009.
Foi também diplomata máximo angolano em:
1. França (2006/2009)
2. Japão e Coreia do Sul (2000-2006)
Calculando os seus dados bibliográficos disponíveis na embajadadeangola.com, Lima terá começado a sua carreira diplomática aos 25 anos de idade em 1978 na nossa embaixada da antiga URSS.
De acordo com esse site, o diplomata licenciou-se em História, sem menção de alguma instituição acadêmica.Mas, a sua entrevista à Ine.es/asturias indica ter completado a licenciatura em História na Universidade de Lisboa.
Educação e Formação:
1974/1977: Licenciado em História
1972/1974: Instituto Comercial
1965/1972: Curso General de Comercial
No entanto, a questão pertinente aqui são as acusações que lhe recaem sobre a sua presumível participação no est*upro e assas*sinato de Carolina de Fátima da Silva Francisco feitas por Joana Paulo, Fernando Neto e Carlos Dias.
Numa declaração oficializada [4º Ofício registo:299818, 04 de Novembro de 1993/ Registro de Títulos e Documentos - Leomil de Souza Bittencourt do Estado do Rio de Janeiro], Joana Domingos Paulo afirma ter sido testemunha ocular quando Victor Manuel Rita da Fonseca Lima, António Martins de Sousa “Kipakassa” , Severino Pereira Bravo da Rosa Neto, Daniel de Castro de Carvalho e Inocêncio violenta*vam sexualm*ente Carolina de Fátima da Silva Francisco na noite do dia 28 de Fevereiro de 1991.
“Como, porem, da sala onde eu estava (a sala de entrada) era fácil ver o que
se passava na sala ao lado onde a D. CAROL gritando, se encontrava fui
discretamente ver o que se passava.
Vi então a Senhora deitada de costas no chão, de barriga para cima
completamente despida, e o sr. KIPAKASSA, sem calças, deitado em cima da
Senhora violan*do-a.
Pela mesma forma vi que seguidamente a Senhora foi viol*ada, por esta ordem, pelos srs. BRAVO DA ROSA, DANIEL DE CASTRO, Inocêncio e VICTOR LIMA”, comenta Joana.
A testemunha confirma também que Victor Lima tinha estr*angulado o pescôço da vítima até a m*orte – depois de a ter assaltado sexu*almente em conjunto com seus comparsas: “ Ao acabar, porém, de viol*ar a Senhora o sr. VICTOR LIMA sentou-se sobre o peito dela (a Senhora continuava deitada de costas no chão e portanto de barriga para cima) e torceu o pescoço da Senhora fortemente com o nítido propósito de a matar”.
Aliás, todas essas informações foram corroboradas por Carlos Alberto Barreto Ramos Dias ( cidadão português/amigo e sócio de negócios de Carolina de Fátima da Silva Francisco na Astra - Serviços e Empreendimentos Lda) numa denúncia por carta endereçada ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos em 9 de Fevereiro de 1992.
Neste relatório [Carlos Diaz 711/1996], o denunciante certifica que, na altura do “fatídico acontecimento”, Victor Lima ocupava o cargo de conselheiro directo para assuntos internacionais do Presidente da República Popular de Angola, enquanto que Kipakassa e Inocêncio eram Oficiais Superiores do Exército Angolano com patentes de Major, respectivamente. Bravo da Rosa era apresentado como um dos executante e participante do alegado homicídio.
Contudo, Carolina de Fátima da Silva Francisco tinha apenas 22 anos e era sócia da Empresa de Direito Angolano Astra-Serviços e Empreendimentos, Lda.
Dois anos antes de ter sido assa*ssinada, a vítima foi detida durante 36 horas na Cadeia de viana no dia 5 de Outubro de 1990 por recusar abrir o cofre na ausência do Director da empresa , Carlos Dias – sob o decreto nº. 80781 da Direcção Nacional de Inspecção e Investigação das Actividades. Económicas.
Nessa mesma altura, como indica o referido documento, Bravo da Rosa era subordinado de “Carolina no Grupo Southern Star e Astra Lda, em Luanda”.
Interessado por saber as razões do assas*sinato de sua sócia, Carlos Dias enviou petições às várias organizações, entidades nacionais e internacionais, ao então Presidente de Portugal, Dr. Mário Soares , Primeiros Ministros e Ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Canadá, Holanda, Itália, Espanha, Japão, Dinamarca, Suécia, Alemanha, Rússia, R.S.A, United Nations-Centre For Human Rights, PNUD, Amnesty International, Human Rights Watch, Banco Mundial, U.S. Aid, B.A.D, Governo, Senadores e Congressistas Norte Americanos, autoridades angolanas – em particular o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Comentários
Postar um comentário