O presidente da República, João Lourenço, foi alvo de uma humilhação pública durante a final do Afrobasket, realizada ontem em Angola. O evento, que deveria celebrar a vitória da seleção nacional após 12 anos, foi um verdadeiro fracasso em termos de organização, evidenciando falhas que não podem ser ignoradas.
Apesar da conquista, o que mais ressoou entre o público foi a péssima execução do evento. A entrega da taça por Lourenço se tornou um momento simbólico de descontentamento, refletindo a insatisfação generalizada com a maneira como o Afrobasket foi conduzido. A vitória da equipe não apagou a percepção de que a organização foi inadequada e desleixada.
Um aspecto alarmante dessa situação é a crítica à estrutura organizacional que parece favorecer apenas indivíduos de pele clara. A administração de Rui Falção, que está à frente do Ministério da Juventude e Desporto, é apontada como cúmplice desse racismo estrutural. A escolha de Karina Barbosa, uma estrangeira sem experiência em eventos esportivos, para liderar a organização do Afrobasket, levanta sérias questões sobre as motivações por trás dessa decisão.
É crucial que João Lourenço intervenha e coloque um fim a essa prática que perpetua desigualdades e humilhações. Se o presidente não tomar uma atitude decisiva, o país continuará a sofrer constrangimentos no cenário internacional. A sociedade angolana clama por uma administração que represente todos os seus cidadãos, independentemente da cor da pele, e que possa conduzir eventos de grande porte com a seriedade e competência que merecem.
O episódio do Afrobasket deve servir como um alerta: a mudança é necessária e urgente. Somente assim Angola poderá se afirmar com dignidade e respeito no contexto global.
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