Ministro João Baptista Borges e a vice-presidente do MPLA Mara Quiosa Envolvidos em Investigações do Jornal "O Decreto


 O site "O Decreto" Revela Suspeitas de Corrupção que Abalam o Governo de Angola


O cenário político angolano é novamente abalado por investigações jornalísticas do "O Decreto", que apontam para alegados esquemas de corrupção envolvendo figuras de alto escalão. As revelações não apenas lançam uma sombra sobre a administração atual, mas também intensificam a crescente indignação pública contra a corrupção, impactando diretamente a popularidade do partido no poder, o MPLA.

João Baptista Borges e o Grupo MCA: Contratos Sob Suspeita


No centro das acusações está o Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que está sob escrutínio por um suposto favorecimento na atribuição de contratos a empresas do Grupo MCA.  A investigação do "O Decreto" levanta sérias questões sobre a transparência dos processos de contratação pública, sugerindo que as licitações podem ter sido manipuladas para beneficiar empresas específicas. Este caso, se provado, representaria um grave revés para a agenda anticorrupção do governo, minando a confiança na integridade das instituições estatais.


Mara Quiosa e a Ocupação de Terrenos em Calumbo


Paralelamente, a vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, é investigada por alegado envolvimento na ocupação ilegal de terrenos na área da Vida Pacífica/Calumbo. As acusações sugerem que Quiosa utilizou sua influência para se apoderar de propriedades de forma ilícita, um problema recorrente que afeta milhares de angolanos. A falta de responsabilização em casos de ocupação ilegal tem sido uma fonte de frustração para a população, que clama por justiça e segurança fundiária.

A revelação destes casos surge em um momento de crescente descontentamento popular. A sociedade angolana, cansada da desigualdade e da falta de serviços básicos, vê na corrupção o principal motor dos seus problemas. Cada novo escândalo reforça a percepção de que a elite política está acima da lei.


Apesar de o Presidente João Lourenço ter prometido um combate firme à corrupção, a lentidão e a aparente seletividade das ações judiciais têm gerado ceticismo. A percepção pública é de que a luta contra a corrupção pode ser mais uma ferramenta política do que um compromisso real com a transparência.


Como resultado, a popularidade do MPLA tem sido afetada. A exposição de altos funcionários e ex-membros do partido em esquemas de corrupção abala a confiança do eleitorado, que questiona a capacidade do partido de se reformar de dentro para fora. A indignação coletiva pode traduzir-se em uma perda de apoio eleitoral significativa, sinalizando que a paciência do povo com a corrupção chegou ao limite.

O Decreto e Secreto News


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